quarta-feira, 18 de junho de 2008

A GREVE


Já muitos questionaram....................

Poucos aderem....................

Imensos motivos para aderir......................

Perda de dinheiro..........

Trabalho a dobrar..........................

Entre outros.........


Pois bem, a greve é um instrumento reenvindicativo, que normalmente é usada como último recurso, num qualquer processo de negociação, entre entidade empregadora e seus colaboradores, convocada pelos sindicatos defensores dos seus associados.


Os enfermeiros não fogem à regra, mas têm uma particularidade que outras profissões não têm: o nosso lema é a saúde da pessoa humana. Como tal, tem de ser dito a todos os que leêm este post Os Enfermeiros fazem greve nos seus serviços, mas nunca abandonam o seu local de trabalho.

Ou seja, os utentes internados pouco ou nada sentem a greve, assim como os familiares que os visitam.

Os únicos enfermeiros que estão no poder, de não comparecer nos seus serviços são aqueles que desenvolvem o seu trabalho numa condição electiva.


Muitos colegas não aderem. Argumentam: os sindicatos nada fazem.... Trabalhamos mais...... Porque não uma adesão onde não fariamos rigorosamente nada ??? dois dias de greve são penalizadores para "o bolso", etc.........

Bom, devo dizer que o argumento da paralisação/ abandono da instituição é algo ridículo, alguns dirão, porquê???? os outros profissionais também páram e têm um mediatismo bem notório?


Se fosse a vossa mãe, pai etc que estava internado e/ou entrava na urgência não queriam que este fosse cuidado???? claro que queriam!!!! Mas se existisse alguém a dizer "estou em greve" e bem pode morrer, ficar sem ser alimentado, imundo, com dores que eu "não mexo uma palha", ninguém gostaria de ser tratado desta maneira. Daí não existir por parte dos sindicatos uma norma de cuidados mínimos, cada enfermeiro terá na sua consciência o que são os seus cuidados mínimos.


Trabalhamos muito mais neste dias porque somos bem menos, na ordem dos 50% a menos, mas isso acontece com todas as outras profissões. Se repararem, quando existe uma greve nos outro grupos profissionais, de facto no dia da greve estão parados, mas nos dias seguintes o trabalho duplica em muito. O que acontece aos enfermeiros é que trabalham a dobrar no próprio dia de greve.


Muitos dizem: "a greve não serve para nada"

Os mesmos que dizem não apontam outras formas de reenvidicar, dentro do quadro legislativo.

Só vejo uma outra solução: demissão em bloco (nacional), tal como aconteceu na Finlândia.

Fica a questão: Os enfermeiros Portuguese terão a coragem para tal feito????